A Magia de Tongari Boushi no Atelier

Poucas coisas caem tão bem no termo “tesouro escondido” quanto o mangá Tongari Boushi no Atelier – que, apesar da premissa simples e pouco original, imediatamente se destaca pela arte detalhista e ornamentada que lembra proximamente os traços finos e delicados da estética rococó que o inspira. Contudo, longe de ser somente um “rostinho bonito”, a obra também chama a atenção pela competência com que executa sua trama – não só há um entendimento sólido dos mecanismos necessários para uma boa narrativa, como a conexão emocional entre os eventos do enredo e os personagens, ou um senso claro de propósito para cada capítulo, mas também um jeito único de esconder uma escuridão enervante por baixo das camadas de charme pitoresco que permeiam os belíssimos quadros. Isso dito, dentre os inúmeros aspectos da obra dignos de elogios, aquele que mais me chamou a atenção numa primeira leitura foi o sistema de magia.

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