Desnecessário esse ecchi

Ecchi sempre foi um gênero de anime bem marginalizado dentro da comunidade. Normalmente atrelado à pessoas mais novas e às vezes, à pessoas que não tem a capacidade mental de consumir animes como Monogatari Series, absolutamente livre de qualquer fan service e apenas carregado pelo seu puro conteúdo intelectual profundo. Após aprender a fazer raciocínios básicos que me permitiam pensar coisas como “Ei! Talvez esse anime ecchi ter ecchi não é algo ruim, né? Ele está cumprindo o que ele se propôs a fazer!”, eu passei a ficar incomodado em como essa é uma das únicas circunstâncias onde gosto nunca é levado em consideração.

Não é surpresa para mim que o público otaku seja num geral bem burro, mas é fascinante pensar como gente que não sabe de nada acaba tendo suas ladainhas levadas a sério meramente por serem criadores de conteúdo e as pessoas que os seguem não saberem muito mais sobre o assunto. Para tentar informar o pessoal, tentarei pegar alguns argumentos comuns que nasceram com o auge do meme contra o gênero e mostrar da forma mais clara que posso como tudo isso é ridículo.

“Eu sou raiz, na minha época não era assim!”

Como qualquer ser pensante faria, a primeira vez que eu li isso eu apenas dei risada e continuei minha vida como se nada tivesse acontecido. Aí comecei a vagar um pouco mais por essas interwebs até ver gente que estava realmente falando essas coisas como se fosse verdade… e muita gente concordando! Ok, esse não é nem difícil de ver como está errado, vamos por pequenos exemplos fáceis.

O que você acabou de ver é a abertura da primeira adaptação pra anime do mangá Cutie Honey do extremamente respeitado Go Nagai, um anime de 1973 que conta a história de uma garota androide que pode se transformar em qualquer coisa e precisa defender o dispositivo em seu corpo de uma organização maligna chamada Phanter Claw, enquanto busca vingança pela morte de seu pai. Apesar do enredo relativamente sério, o anime e o mangá pega uma abordagem mais retardada da coisa, com alguns momentos tensos aqui e ali, se focando bastante em situações sexuais e detalhes como a Honey ficando nua sempre que vai se transformar, muitas vezes perdendo as forças no meio do combate e precisando se virar como veio ao mundo (e com uma espada, claro). Por mais que você possivelmente não consiga sentir atração pelo traço da época, as intenções por trás da obra são bem claras.

Não precisamos voltar tanto no tempo assim — em 1985 já tínhamos o Dirty Pair clássico, uma das gemas hiper influentes da indústria que pra variar veio da Sunrise. Um anime que consiste em duas garotas que conseguem resolver qualquer problema, por mais absurdo que ele seja. Mesmo sendo um anime onde se tem duas garotas fortes e capazes chutando e atirando em barbado treinado dos anos oitenta, ele usa muito aquele arquétipo de mulheres sedutoras que deliberadamente optam por usar roupas provocantes e apelam pra sedução durante algumas missões, além das cenas ecchi bem gráficas que eles enfiavam sempre que conseguiam — e eram de bom gosto, dependendo de pra quem você perguntar.

Ainda insatisfeito? Que tal um anime que não é primariamente ecchi? Top wo Nerae! Gunbuster! de 1988, uma das melhores obras de Hideaki Anno e um favorito pessoal meu. É um OVA mecha que brinca com a narrativa de animes no estilo “aim for the top“, sendo uma das coisas mais importante pro estúdio e servindo de base pra animes bem aclamados hoje em dia, como Tegen Toppa Gurren Lagann e Neon Genesis Evangelion. Mas o que ele tem de tão ecchi assim? Bom, pode ser um choque pro pessoal venera as críticas ultra complexas à sexualização de Evangelion, mas essa obra tem simplesmente uma das melhores físicas de peitos em anime! Muita coisa atual com toda a tecnologia fora da realidade para época ainda custa pra simular uma movimentação tão gentil e consistente quanto a de Gunbuster.

Para balancear um pouco a situação, ao invés de focar em obras primariamente fan services ou de animes com ecchi secundário, que tal falar de Gundam? Isso aí, Mobile Suit Gundam de 1979 (estou me referindo ao anime pra TV), você já assistiu aquilo? É absolutamente impagável como o anime adora mostrar a Kikka nua ou semi-nua sempre que consegue. É claro que estou usando ela de piada por ser a criancinha do grupo, mas basicamente todas as pausas entre os confrontos da guerra eram usados pra mostrar cenas das mulheres da White Base tomando banho. Os animes da época são tão santos agora?

Eu nem quero entrar no mérito de tudo atual ser ecchi — que se você realmente prestasse atenção no gênero das coisas que saem atualmente veria que isso não é mais verdade já faz um bom tempo — considerando o número de animes focados em fan service tem caído muito e os que ainda existem ou são projetos menores de animes de dez minutos, ou então junto de outras estratégias de marketing mais viáveis no momento, como é essa corrente de isekais interminável.

Quando alguém vem com esse argumento de “antes não era assim”, estão basicamente jogando o sinalizador do “eu não sei o que estou falando”. É muito triste ver que esse tipo de gente toma muita força da comunidade por não ser normal as pessoas conhecerem animes antigos pra confirmar a veracidade da informação. Sexualidade é algo bem recorrente em animes desde os tempos antigos — por mais que o traço tenha se adequado ao gosto mais atual, o ecchi teve uma construção extensa que se arrastou por décadas até chegar onde nós conhecemos hoje, não foi um botãozinho que um japonês autista apertou no inicio dos anos 2000 que subitamente inundou o mercado de coisas pervertidas.

“Seria melhor se todo ecchi fosse um hentai!”

Eu adoraria ver um spin off hentai de coisas tipo High School DxD ou To Love-Ru, mas afirmar que isso seria saudável pra todo anime ecchi é simplesmente burro. É só você parar para pensar no gênero de forma um pouco mais ampla e olhar pro mercado atual de animes hentai, será que Kill la Kill ficaria bom como um hentai? Ter que parar toda a parte absurdamente insana e hiperativa do anime pra ter sexo todo episódio seria mesmo benéfico pra obra? Que tal a já mencionada Monogatari Series? Um anime com diversos temas sexuais e bem conhecido pelo seu uso inteligente de fan service e por ter um enredo bem redondinho que se completa perfeitamente a cada temporada que passa. Será que ia ser bom como um hentai? Não ficaria estranho para um caramba o climão do Araragi com as garotas depois de uns 2~3 episódios ainda abordando todos aqueles mesmos temas?

Infelizmente eu não conheço nenhum anime que começou como um ecchi e virou um hentai para dar exemplos reais, então talvez toda a minha preocupação venha de um pessimismo pessoal, mas eu conheço o oposto, o que é uma bela comparação de cenários! Mezzo Forte é um hentai do estúdio Arms com ação desenfreada maneira, animação deliciosa e história quase interessante! O estúdio aparentemente se animou muito com o potencial da obra, fazendo Mezzo DSA como um anime ecchi episódico continuando diretamente o hentai. O que isso tudo deu? Saiu uma bosta.

Como Mezzo se tornou um anime pra TV, muitas das ideias que deixavam o enredo interessante não podiam mais se manter intactas, forçando a staff a largar muitos elementos maneiros do roteiro original fora e o produto final pareceu medíocre e incompleto. O motivo é bem óbvio, ele não foi feito para ser um ecchi, o apelo ser parecido não quer dizer que ele é exatamente a mesma coisa. Parando para pensar o oposto como fizemos agora pouco, não é loucura chegar na conclusão de que as atuais obras de ecchi que a gente tem não necessariamente funcionariam como um hentai.

Vale lembrar que animes para TV automaticamente tem uma visibilidade maior, o que permite estúdios apostarem mais em seu produto e se dedicar mais fazendo um bom traço e animação decente, mesmo que para isso eles tenham que dar uma diminuída no tamanho dos episódios. Novamente, pense também em coisas como Strike Witches, onde o anime é literalmente montado pensado em ser um anime de ação com cenas fan service mais orgânicas, chegando a dar até uma desculpa para quase ninguém usar calças. Ou em Panty & Stocking with Garterbelt, onde uma das protagonistas transa múltiplas vezes por episódio, mas quando você transfere ele para um hentai, essas coisas seriam o foco ao invés de serem apresentados como piadas rápidas e mudariam totalmente as intenções da obra, além de deixar a dinâmica bem mais lerda. Entende onde eu quero chegar?

“Só tem ecchi anime que não se garante no enredo e personagens!”

Eu queria estar brincando quando eu digo que esse foi um argumento que eu li várias e várias vezes quando essa discussão ainda era relevante, mas o pesadelo era real. Ao invés de perder tempo tentando explicar o quão absurdo esse argumento é, vamos logo pular para exemplos que provam o contrário!

Queen’s Blade é o clássico exemplo de obra incrível marginalizada meramente por fazer parte da galeria de animes fan service. Se você precisa de algum contexto, a obra é uma anomalia em forma de marca que saiu de uma expansão pra Lost Worlds feita por um monte de artistas de doujins e se tornou desde jogos, livros a um anime delicioso com trilha sonora do Yokoyama Masaru. Não é preciso pensar muito para entender como Queen’s Blade consegue ter tanto detalhe e amor por trás da obra, afinal de contas, cada personagem foi criada pela paixão individual de diferentes pessoas, o que permitia todas as garotas terem um nível de profundidade absurda em questão de character design e ainda terem personalidades e habilidades bem interessantes quando colocadas à prova uma contra as outras. Todo o mundo onde anime se passa se torna algo que quanto mais você consome, mais você se apaixona, passando a entender aos poucos o cuidado e atenção aos detalhes de todo o universo e a relação caótica das personagens (ou simplesmente ignorar tudo desde o minuto um, já que o anime tem peitos e você não é capaz de entender que algo com fan service pode ser bem feito).

É claro que esse foi apenas um exemplo, mas não para por aí. Monogatari tem fácil um dos meus elencos de personagens favoritos, World Witches Series faz um ótimo trabalho se baseando em azes da aviação reais enquanto mantém um enredo e um mundo extremamente rico fazendo com que um dever de casa sobre a época da segunda guerra praticamente obrigatório pra entender melhor do que o anime se trata e até Prisma Illya — quando a malditona da Silver Link não quer fazer metade da temporada um filler — é facilmente a melhor coisa de Fate que você pode consumir.

“Nós somos obrigados a assistir ecchi!”

Desse argumento eu não dou risada, eu fico é triste. É extremamente normal animes shonen battle como Nanatsu no Taizai ou Fire Force terem cenas sexualizando as garotas — isso é extremamente problemático e pode causar um impacto muito negativo na nossa sociedade, né? Não.

Como a própria demografia shonen dita, esse tipo de anime possui um público alvo primariamente masculino, muitas vezes garotos na escola passando pela puberdade — basta olhar a quantidade de vezes que o elemento de fan service brota junto de obras escolares para entender onde eu quero chegar. O que eu vou dizer pode doer um pouco, mas garotos japoneses na puberdade não se importam com garotas animadas sendo usadas como objetos, e honestamente? Eles não deveriam se importar, já que não existe uma vítima.

Pessoas que sofreram abusos ou legitimamente se incomodam com esse tipo de imagem sendo passada delas existem sim, isso é bem pesado, mas não é um desenho do outro lado do mundo deixar de existir que essa pessoa esteja imune de passar por situações que a lembre de coisas negativas. Se fossemos mesmo cortar qualquer coisa que seja traumática ou “negativa” numa obra, chegaríamos num ponto onde absolutamente nada seria permitido, viraria “festa”.

Já parou pra pensar quanta gente já passou por situações traumáticas vendo membros da família e amigos levando balas e caindo no chão sem vida? Isso é algo que me deixa pra baixo só de pensar, principalmente considerando que vivo no Brasil, mas mesmo assim, quando se olha pra mídia, ela não pode ter pessoas apontando armas uma pras outras e talvez até atirando por gente assim existir? Passados trágicos em filmes e animes não podem existir por pessoas da vida real terem passado por coisas similares? Às vezes pensar num caso isolado pode te cegar, mas quando você de fato pensa na coisa sendo aplicada em uma escala maior fica bem óbvio o quão ridículo isso é.

Desculpe ter entrado em um papo meio tenso aqui, mas foi importante pra mostrar um ponto, agora podemos continuar. Se você não estiver vendo shonen, como você vai ver animes que gosta então? Quero dizer, shoujo é apenas um monte de anime romance meloso que não é tão legal quanto porradaria e vilão maneiro, né? É claro que não, seu animal!

Obviamente, existem sim aqueles shoujos de romance, muitas vezes esse tipo de anime são feitos por mulheres e romantizam relacionamentos abusivos e tudo mais. Nesse caso, eu vou ter que estragar a magia, me desculpe desde já, mas isso aí é apenas fetiche e esse tipo de coisa também se estende a romances shonen com o clichê clássico garota tratando o protagonista que gosta dela igual lixo por motivo nenhum, o que aparentemente é perfeitamente ok. Não importa o sexo do autor, sempre tem quem goste da sensação de ser posto contra a parede e muitas vezes se submeter a tarefas ridículas por um pagamento mínimo. Isso fica ainda mais forte quando apertamos o botãozinho chamado “Japão”.

Agora, se você é uma pessoa séria, talvez seja uma garota que vê animes e não sabe da existência de obras legais que não tenham esse tipo de conteúdo sexual ou seja só um barbudo de trinta anos pra cima que já viu tanto dessa merda que quer algo diferente, eu tenho uma informação que pode ser bem interessante pra vocês! E se eu disser que existe um anime original que não só veio do mesmo estúdio como também dos mesmos animadores e diretor de Dragon Ball Z? Mas tipo, com um monte de garotinha super poderosas cujo muitas delas você poderia jogar numa Saga Freeza da vida e deixar elas causarem, tendo atualmente dezessete temporadas de quase cinquenta episódios cada, a maioria dessas temporadas sendo um elenco e enredo diferente. Praticamente um anime novo com mais daquilo que já era legal e pequenas mudanças pra manter tudo interessante. Isso existe! Apresento a vocês a série de animes Precure:

Essa franquia massiva e extremamente amada no Japão é apenas a ponta do iceberg! Levando em conta que esta é apenas uma série de animes dentro do gênero de mahou shoujo, você ainda terá diversas obras usando uma fórmula parecida e ainda por cima, por ser obviamente um anime feito pensado para um público feminino você não vai ter que se preocupar com ecchi ou cenas de abuso estranhas do nada e personagens femininas ficando de escanteio por garotos japoneses não se identificarem tão bem com protagonistas femininas. Caso curta Precure e queria mais animes nessa pegada, recomendo ir para os outros mahou shoujos da Toei, alguns mais focados em lutas, outros menos, indo desde Sailor Moon a Ojamajo Doremi já deve ser um ótimo começo pra conseguir correr atrás de coisas do gênero que te satisfazem melhor por conta própria.

Se educando sobre ecchi

Atenção a detalhes e variedades no character design sempre entrega que você está para assistir um ecchi competente.

Após defender tanto um gênero, vale dizer que ele não é feito de ouro, muito pelo contrário! Eu costumo separar animes ecchi de coisas que eu pessoalmente chamo de “isca barata”, que consiste em animes onde o fan service é extremamente cota e carente de bom gosto, normalmente vindo daquelas obras que você frequentemente esquece que ele tem ecchi até ver uma cena do tipo novamente. Vamos a quatro formas fáceis de identificar iscas:

  • Fan service apenas na abertura: Às vezes, quando um anime quer passar a sensação de que está tendo ecchi, ele bota uma calcinha aleatória ou cenas ecchi em geral em uma parte da abertura e usa coisas do tipo em uns dois ou três episódios aleatórios do anime, mas como você deveria ver a abertura todos os episódios, dá a impressão de que ele te deu muito mais cenas do que de fato ele entregou. Este é um caso claríssimo de isca barata que não deve ser respeitada.
  • Ecchi acidental: Esse é um pouquinho mais complicado, pois de fato existem animes ecchi que usam isso não ironicamente, principalmente alguns mais antigos, porém ainda dá para notar quando os caras não estão tentando. Iscas raramente usam outras formas de fan service sem ser os clássicos de personagens caindo nas garotas de maneiras muito específicas ou sem querer vendo elas nuas. Animes ecchi de verdade costumam ser bem criativos, mesmo na hora de usar esses elementos. Quando você consegue notar que os caras estão indo pro profundo ridículo para conseguir mostrar ecchi, é sinal de que eles estão um pouco mais sérios sobre a própria obra.
  • Roupas de baixo sem detalhes: Extremamente direto ao ponto e muito fácil de perceber. Quando o anime é só uma isca, ele quase nunca vai ter uma calcinha que não seja a branca sem detalhes. Se você der de cara com um anime onde os caras se preocupam em que todas as personagens usem um tipo de roupa de baixo diferente (normalmente mais condizente com a personalidade dela), isso é um sinal de que ele realmente ama o que está fazendo e foi feito por pessoas de muita cultura.
  • Garotas com corpos iguais: Outro exemplo clássico de armadilhas ruins das iscas, normalmente eles só sabem criar a garota peituda com uma cara diferente e outro tipo de cabelo. Nesses casos elas provavelmente só usam calcinhas brancas também, considerando que eles já falharam no character design. Animes sérios do gênero costumam se preocupar em criar diferentes tipos de corpos para ter um prato para cada gosto, é extremamente fácil de perceber quando você percebe os padrões!

Bom, acho que já martelei o suficiente na cabeça de vocês, mahou shoujos são de fato uma ótima recomendação para quem quer desviar desse tipo de conteúdo enquanto ainda ganha vários animes com confrontos legais e ótimas personagens femininas como protagonistas, ainda de bônus, se você passar a usar sites tipo My Anime List ou o Anilist, você pode pesquisar animes por gêneros e checar suas tags antes de assistir, é uma ótima forma pra quem não curte ecchi consumir anime sem ficar pegando públicos específicos com suas balas perdidas de frustração. O meio otaku não costuma pesquisar muito antes de assistir e anime é algo que vem crescendo bastante, então novatos acreditando em qualquer coisa que digam e desinformação vinda de gente que sabe mais ou menos (ou fingem que sabem, no caso de coisas tipo anitubers que gostam de pescar público com essas coisas) é bem comum.

A maior merda mesmo é como todo mundo quer reclamar, mas ninguém quer resolver o próprio problema pesquisando uns cinco minutos antes de assistir algo. Claro, ninguém é obrigado a conhecer tudo e gente nova na comunidade acaba sendo pega no meio da paranoia de gente “grande” querendo chamar atenção, mas o importante é no final reconhecer que na internet as pessoas adoram falar sem entenderem do assunto ou sequer ter uma opinião mais ou menos formada sobre aquilo, frequentemente causando memes tipo esse.

Espero ter ajudado quem de verdade se incomodava com ecchi e ao mesmo tempo, espero ter colocado a cabeça de otakinho pra funcionar, é realmente triste ver como uma comunidade inteira pode ser tão alérgica a pensar. Lembrem-se, são desenhos, e muitos deles! Não importa o seu gosto, a indústria oferece em fartura o que amamos e o que nem sabíamos que gostávamos, basta saber procurar um pouco antes de entrar em pânico.

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